Formas geométricas, perspectivas, volumetria,
abstrações, psicodelia, movimento e muitas cores. É o que reserva a exposição
de desenhos.
Pintura feita à mão em
papéis linho e canson, com aplicação de lápis de cor, caneta esferográfica, giz
de cera e grafite. O resultado são telas e painéis com marcas bem peculiares:
muitas formas geométricas, abstrações, cores e psicodelia, que promovem sensações
diversas. Energia. Movimento. Os desenhos, às vezes, remetem ao cubismo e ao
vanguardismo. Isso é o que reserva a exposição Canetadas de Renato Paiva no Prátaí, que será aberta nesta
sexta-feira, 07 de junho, no Prátaí Cult Bar. A mostra continua aberta até 21 de
julho.
Engenheiro civil por formação e ofício, Renato Paiva, 43 anos, é artista autodidata há quatro anos. Ele assegura que não desenvolve sua arte preso a qualquer escola. Os desenhos são desenvolvidos de forma intuitiva, porém a engenharia acaba por influenciar os trabalhos, muitos deles marcados por formas geométricas, volumetria e perspectivas. Edifícios, ruas, escadas e rostos que integram a paisagem urbana. Em outros desenhos, há esferas, mandalas e outros elementos geométricos ricos em detalhes, cores e formas. “Meus desenhos não deixam de ser uma forma de expressar a engenharia, entretanto sem a rigidez e a precisão exigidas na profissão”, afirma.
A obra ainda é
pouco conhecida do grande público, mas as canetadas de Renato Paiva já são
bastante conhecidas por internautas do Facebook e do blog Canetadas de Renato Paiva. O mundo digital foi fundamental para a
divulgação de seus desenhos e o ajudou a levar 30 trabalhos para uma exposição
virtual coletiva promovida por uma galeria alemã (http://www.bilderei-wose.de/), que ficou em cartaz de abril a maio de
2012. Renato Paiva apresentou ainda uma individual de 26 telas na Agência Goiana
de Transportes e Obras (Agetop), em dezembro de 2010; e participou da coletiva Blogarte, realizada em 2012, no S-4 Bar.
Alguns trabalhos também podem ser conferidos em acervos permanentes em Anápolis
e Goiânia.
Desenhos em papel de cigarro
O artista conta
que na adolescência, nos anos 1980, quando trabalhava com o pai em uma
tradicional choperia de Anápolis – sua cidade natal –, costumava usar o papel que embrulhava os maços de
cigarros para fazer desenhos com canetas esferográficas. Entretanto, quando
concluídos, os rabiscos iam direto para o lixo, pois ele desenhava apenas para
matar o tempo. Certo dia, teve
a ideia de retomar a atividade. Em abril de 2009, começou a levar seus desenhos
a sério e começou a
fazer experimentos com papel canson, caneta esferográfica e lápis de cor.
Depois, acrescentou o giz de cera e o grafite para dar mais vida e, também,
mais durabilidade às peças criadas. Desde então, veio uma explosão criativa.
Segundo o artista, à medida que o trabalho evoluiu,
veio a ideia de criar o blog Canetadas de
Renato Paiva (www.canetadasderenatopaiva.blogspot.com.br) e a página que mantém no Facebook. Isso não só
ajudou a ver conhecido (e reconhecido) o seu trabalho, como também, observa, “é
uma forma de aperfeiçoar os trabalhos com as sugestões que recebo das pessoas.
Isso é muito bom”, ressalta.
A exposição de Renato Paiva vai ao encontro do que propõe o
Prátaí Cult Bar, um local que tem como proposta inventar, transformar e
surpreender. Inaugurada há pouco em Goiânia – fim do ano passado –, a casa
preza pela culinária realizada de forma artesanal, sob o comando do chef
Raphael Rodrigues. No bar de Leonardo Maruyama e Virgínia Meireles Nasser é assim: o clássico e o moderno se
misturam dando lugar à harmonia entre paladares e cultura. É de encher os olhos
e também o estômago.
Viviane Maia
Viviane Maia
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